segunda-feira, 24 de junho de 2013

TIPOLOGIA (4) - AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

                Ex 26.1-14

                Exodo 25.3-6: “Recebereis deles as seguintes ofertas: ouro, prata, púrpura violácea, púrpura escarlate, púrpura carmesim, linho fino, pelo de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho, couro fino, madeira de acácia, azeite para o lampadário,...” (versão dos Capuchos).

                Não confundir estas cortinas com as do Átrio (de Ex 27.9-19).

1. AS CORTINAS INTERNAS
                Elas simbolizam o carácter de Jesus. Deus mandou fazer as cortinas de linho retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim.
                O linho retorcido é símbolo de justiça, o termo aqui é no sentido de ‘ser justo’ (Ap 19.8). O linho retorcido apontava para alguém que haveria de ter a natureza perfeita. Esse alguém seria sem sombra de dúvida Jesus Cristo. N’Ele seria encontrada a rectidão desejada por Deus.
                O linho retorcido das cortinas do Tabernáculo também representa a humanidade perfeita de Jesus. Entrar no Tabernáculo a ver as cortinas de linho retorcido, com fios de azul, púrpura e carme-sim, era ver, pela fé, toda a beleza que estaria presente no Segundo Homem.
                O azul é cor celestial, é símbolo do Céu. E os fios de púrpura entrelaçados na cortina, tornou-se símbolo de Realeza. A púrpura era um tecido caríssimo, usado somente pelos ricos, pelos nobres, tecido próprio dos reis.

                Jesus Cristo é Rei, conforme simbolizado pela púrpura.
                Os fios carmesim (escarlate) tornaram-se o símbolo do sofrimento. O carmesim era obtido mediante o esmagamento de um molusco.
                O azul, a púrpura e o carmesim apresentam Jesus como o Filho de Deus, e como Rei sobre todas as coisas, mas que deveria seguir o caminho da cruz para realizar a redenção da humanidade.

2. AS CORTINAS EXTERNAS
                Conforme Ex 26.7, eram de:            - pelos de cabras
                                                               - peles de carneiro
                                                               - peles de animais marinhos.
                Qual a diferença das cortinas internas e externas? O exterior era bem rústico contrastando com a beleza interior. Há aqui um paralelo admirável entre ‘a figura’ e ‘a realidade’. Isto porque Ele esvaziou-Se a Si mesmo e fez-Se servo, conforme Fp 2.6-8.
                Os olhos humanos não podiam ver n’Ele senão o filho do carpinteiro (Mt 13.55). Ele estava em Sua face de humilhação.

                Vendo apenas o exterior do Tabernáculo não se podia imaginar a beleza inteiror. Poucas foram as pessoas que tiveram o privilégio de o ver por dentro. Somente os sacerdotes tinham acesso à Tenda. Todos podiam ver o exterior, mas o interior somente alguns.
                Assim como Jesus, poucos puderam ver a Sua natureza interior (Lc 11.15; 23.35). Sua verdadeira natureza só podia ser reconhecida por aqueles que com profunda fé, d’Ele se aproximavam (Jo 6.69).

                Em Mt 16.15-17 podemos ver pessoas que demonstraram ter tido uma revelação da verda-deira natureza de Jesus. Em Jo 20.28 Tomé declarou a Jesus: “Senhor meu e Deus meu” reconhecendo também a verdadeira natureza de Jesus. Eles entraram na tenda e viram a beleza do Seu inteiror.

terça-feira, 18 de junho de 2013

TIPOLOGIA (3)


O CANDELABRO

                Ex 25.31-40
                O candelabro ficava à esquerda de quem entrava no Lugar Santo. Entre os utensílios que faziam parte do candelabro estavam as espevitadeiras e os apagadores.

1. COMPOSIÇÃO DO CANDELABRO

                Era uma só peça de ouro puro, com aproximadamente 44 Kgs., composta por um tronco central com três hastes de cada lado que formavam um conjunto de sete tochas ou lâmpadas. Media aproximadamente 1,7 mts de altura e que da extremidade de uma haste a outra media 1 metro.

1.1. A ESPEVITADEIRA: (Ex 26.38) Era uma espécie de tesoura que servia para aparar o morrão dos pavios do candelabro.

1.2. OS APAGADORES: Eram usados para limpeza e correcção das lâmpadas.

                Em cada um dos seis braços havia enfeites na forma das três fases da formação de amendoas:
                               - a maçã ou gomo
                               - a flor
                               - o copo ou amendoa madura.
                Havia assim em cada braço 9 frutos e na haste central 12.

2. FINALIDADES
             A principal finalidade era a de iluminar o Tabernáculo, onde não havia janelas.

3. O ÓLEO DO CANDELABRO
                O candelabro possuia um significado espiritual pois sua luz era produzida pelo azeite ou óleo de oliveira. O azeite tornou-se um dos símbolos do Espírito Santo que foi derramado sem medida sobre Jesus (Lc 4.18 - “O Espírito do Senhor está sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados de coração,...”).
                A Igreja, como luz do mundo, tam-bém precisa deste óleo especial.
                O óleo era tirado da azeitona depois de espremida e esmagada, significando este óleo tirado da azeitona que a agonia da cruz produziu a unção do Espírito Santo para a Igreja.

4. TIPOLOGIA
            O candelabro aceso era símbolo do facto de que Israel deveria permanecer aceso sobre as nações, deveria brilhar continuamente.
            Conforme Ap 1.20 os candeeiros ou castiçais são as sete Igrejas. Assim, a Igreja é chamada a brilhar entre as nações. Cada crente é um sacerdote e o Senhor espera que cada um seja Luz nas Trevas do mundo (Mt 5.14 - “Vós sois a luz do mundo...”). A Igreja, o crente são os candelabros do N.T., da Dispensação da Graça, também chamada de Dispensação do Espírito Santo.
                As Espevitadeiras nos falam que se houver ‘morrão’ em nossas vidas, torna-se necessário fazer uma limpeza.
                Os Apagadores representam os instrumentos que Deus usa na correcção (Hb 12.3-13; Gl 6.1).
                O candelabro por ser feito de ouro batido e não fundido, simboliza os sofrimentos de Jesus (Is 53.6,3-5a).
                Os enfeites do candelabro significam a frutificação pelo Espírito Santo (Gl 5.22,23) que são os verdadeiros enfeites da Igreja.
                As canas que saiem dos lados, representam os crentes ligados a Jesus, semelhantes as varas da videira.
                O facto do candelabro ser de ouro puro, representa Deus e as coisas celestiais. Tudo no céu, é de ouro puro e de cristal (Ap 21.18,21). O ouro é, também, o símbolo da Palavra de Deus (Sl 19.10; 119.72,127) e da fé (I Pd 1.7). Os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8) pois são crentes sem brilho. “Crentes de ouro” brilham com intensidade, não perdem seu valor e nem enfer-rujam.

5. CONCLUSÃO
                Três grandes verdades sobre a Igreja são transmitidas no facto de haver seis canas no candelabro, três de cada lado, todas acompanhadas de sua respectivas lâmpadas:
             (A) Todas as sete lâmpadas estavam no candelabro (Nm 8.2,3). Assim cada um dos crentes deve pertencer à Igreja (I Pd 2.4,5).
             (B) Cada crente tem uma missão a cumprir (Mc 13.34). Todos são sacerdotes (I Pd 2.5; Ap 1.6).
             (C) Cada lâmpada devia estar acesa (Nm 8.2). Nenhuma podia ficar apagada. Assim cada crente deve ter sua luz acesa (Mt 25.1-11).

quinta-feira, 6 de junho de 2013

TIPOLOGIA (2)

O TABERNÁCULO, SÍMBOLO DO CÉU

1. INTRODUÇÃO
                O Tabernáculo era o centro da vida religiosa dos judeus no deserto e base para o desenvol-vimento espiritual do povo, isto é, ensinando-lhes um meio definido de buscarem a Deus, e nos primeiros séculos após a sua chegada a Canaã até à construção do Templo de Jerusalém. Para nós, hoje, a base para o nosso desenvolvimento espiritual é: a Bíblia, a igreja, Cristo e a vida dos apóstolos.
                Entre o lugar onde estava situado o Tabernáculo e o acampamento dos israelitas havia uma cerca de linho branco com mais ou menos 2,70 metros de altura, pendurada em pilares. Isso diz respeito à santidade de Deus.
                Foi erguido no deserto no 1º dia do 1º mês do 2º ano do livramento de Israel (Ex 40.2).
                Conforme Ex 25.9 a 26.30 Moisés deveria construir o Tabernáculo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte.
                A Epístola aos Hebreus (8.5) nos informa que o Tabernáculo era figura e sombra das coisas celestiais. Jesus Cristo e Sua obra redentora são a realidade. A Porta do átrio do Tabernáculo simboli-za Jesus Cristo, a Porta (Jo 10.9 - “Eu Sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á e entrará, e sairá, e achará pastagens”).


1.1. NOMES DADOS AO TABERNÁCULO:
                a) Santuário - por ser o Palácio do Grande Rei (Ex 25.8).
                b) Tenda - por ser a habitação do Senhor (Ex 40.2; 39.33-43).
                c) Tenda da Congregação - por ser o centro de culto (Nm 18.4).
                d) Tenda do Testemunho - por se referir à arca onde estava a Lei, o testemunho e a santi-dade, que evidencia a culpa do Homem e a perfeita expiação de Deus (Ex 25.16; Nm 9.15).
                e) Casa de Deus (Jz 18.31).
                f) Templo do Senhor (I Sm 3.3).
                g) Santuário terrestre - por ser o lugar de encontro e revelação (Hb 9.1; 10.19).
                A expressão ‘Tabernáculo’ é também usada para designar o conjunto total dos móveis, corti-nas, cerimónias, festas, ofertas e serviços.


1.2. AS TRÊS DIVISÕES DO TABERNÁCULO:

1.2.1. No Átrio, parte externa da Tenda, ficavam dois móveis:
- o altar de bronze
- a bacia de cobre. (símb. de purificação - I Jo 3.2,3)

1.2.2. No Lugar Santo, ficavam três móveis:               
- o altar de incenso
- a mesa dos pães da proposição
- o candelabro.

1.2.3. No Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos, ficava um só móvel: - a Arca.


1.3. COMPOSIÇÃO DO TABERNÁCULO: O Tabernáculo, mais propriamente a tenda, era uma armação de madeira com peles, portátil, e armada dentro do átrio. Este foi construído mediante oferta voluntária do povo (Ex 25.1,2; 35.4,19,22; 36.5-7).
                               - madeira de acácia ou cetim
                               - peles de cabras, carneiros e dugongos (golfinhos)
                               - linho ou talvez tecido fino de algodão
                               - ouro, prata e bronze.
Nota: O metal que algumas versões traduzem como bronze, na realidade é o cobre. Esse metal foi usado para cobrir o altar, e as chamas do mesmo teriam derretido o bronze.

1.4. TIPOS DO TABERNÁCULO:

1.4.1. MORADA DE DEUS: Era de máxima importância para o povo peregrino ter a certeza de que Deus habitava no meio deles (Ex 25.8).

1.4.2. O CRENTE COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO: O Tabernáculo era um sinal visível de que Deus habitava no meio de Israel. Em nossos dias podemos estar certos da comunhão com Deus através do Espírito Santo que mora em nós (I Co 3.16).

1.4.3. AS COISAS CELESTIAIS: O Senhor Jesus não entrou em lugar humano, feito pelo homem, entrou na presença de Deus no Céu, ministrando no Tabernáculo celestial (Hb 9.24).

2. O LUGAR SANTÍSSIMO E A ARCA
   
                 Conforme verificámos anteriormente, a única mobília existente no Lugar Santíssimo era a Arca.
                Iremos descrever o significado da arca relacionando-a com a pessoa e obra de Jesus.
                Os textos de Ex 25.10-16 e 37.1-5 fornecem a descrição da arca, sendo que o primeiro regista a ordem para fazê-la e o segundo a sua confecção.
                Em Ex 25.17-22 e 37.6-9, os textos nos falam da cobertura da arca que é chamada de Propi-ciatório.

2.1. O SANTO DOS SANTOS OU LUGAR SANTÍSSIMO: Este é um tipo do Céu onde Deus habita - Hb 9.24; 10.19.             
                Estava separado do resto do Tabernáculo pelo véu e ninguém, excepto o Sumo-sacerdote, estava autorizado a passar além do véu e, mesmo assim, tinha que ser nas condições estabelecidas por Deus e no tempo determinado (Lv 16).
                O Santo dos Santos tinha aproximadamente 5 metros (10,4 cov.) de comprimento e 5 (10,4 cov.) de largura.


2.2. A ARCA: Trono de Deus. Símbolo da aliança de Deus com Israel; e simbolizava também o lugar onde a santidade de Deus se tornaria imanente.
                Esta era rectangular, feita de madeira de cetim (Ex 25.10), medindo 1,2 metros de compri-mento por 0,72 metros de largura e 0,72 mts de altura. Era toda revestida de ouro, tanto por dentro como por fora (Ex 25.11).
                Quatro argolas estavam fixadas aos quatro cantos, através das quais passavam os varais de madeira, cobertos de ouro. Os varais serviam para transportar a arca e nunca eram tirados do lugar (Ex 25.15).
                A arca só podia ser transportada pelos que estavam incumbidos, comparar com II Sm 6.6,7.
                A arca era coberta por uma tampa chamada Propiciatório.


2.3. O PROPICIATÓRIO: Era uma peça de ouro maciço com dois querubins fundidos nela. Era também conhecido como ‘sede da misericórdia’ pois sobre essa peça o Sumo-sacerdote aspergia o sangue no Dia da Expiação (Lv 16).
                Quando o sangue era aspergido sobre o Propiciatório, sob os olhos dos querubins, ficava evidente que a justiça, reclamada por Deus, havia sido satisfeita.
                O Propiciatório é símbolo de JESUS CRISTO.

2.4. O CONTEÚDO DA ARCA: Nela estavam: 
                                                               - as tábuas da Lei - que expressavam a santidade de Deus.
                                                               - o vaso de maná
                                                               - a vara de Aarão (Ex 16.33; Nm 17.10).

2.5. NOMES DADOS À ARCA:
                               a) Arca do Testemunho - Ex 125.16,22
                               b) Arca da Aliança - Nm 10.33
                               c) Arca do Senhor Deus - I Sm 3.3
                               d) Arca sagrada - II Cr 35.3
                               e) Arca da Sua fortaleza - Sl 132.8
                               f) Arca do Senhor, vosso Deus.

2.6. BREVE HISTÓRICO: No decorrer da história dos filhos de Israel, muitas vezes os milagres foram efectuados devido à presença da arca.
                No cerco e tomada de Jericó a arca foi conduzida pelos sacerdotes durante 7 dias, em volta dos muros da cidade (Js 6).
                Foi levada para Siló, onde o Tabernáculo da Congregação foi erguido (Js 18.1) e ali ficou até os dias de Eli.
                Os filisteus levaram a arca e tiveram com ela durante 7 meses, e depois foi devolvida à terra de Israel e ficou no campo de Josué, um beth-semita (I Sm 6.12-15).
                Foi depois levada para a casa de Abinadab, depois da morte infligida aos homens de beth-          -Semes pela sua curiosidade, pois tiraram a tampa da arca e olharam para dentro dela (I Sm 6.19).
                A arca ficou à guarda de Abinadab, durante 20 anos, antes de David a levar para a colocar de novo no lugar que lhe pertencia, no Tabernáculo (I Sm 7.1,2).
                Durante o transporte um dos filhos de Abinadab, Uza, ousou tocar com a mão na arca e logo “Deus o feriu pela sua imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus” (II Sm 6.7).

2.7. TIPOS DA ARCA: A arca era um tipo de CRISTO: Ele guardou a Lei de Deus em Seu coração. A arca continha o alimento, que simboliza o Pão Vivo que desceu do Céu (Jo 6.48-51). Ele mesmo é a ressurreição, tipificado pela vara de Aarão (Nm 17.10). A vara cheia de gomos, flores e fruto manifesta o sacerdócio vivo e frutífero de Jesus (Hb 7.24,25). A madeira de cetim simboliza a natu-reza humana perfeita de Jesus; e o revestimento de ouro, a divindade de Jesus. O Propiciatório feito de ouro batido representa os sofrimentos de Cristo e os querubins, a supremacia divina sobre os poderes naturais (Sl 57.1). O Propiciatório é também um símbolo de Cristo ressuscitado. O lugar de encontro entre Deus e os homens (Rm 3.25; I Jo 2.2).

3. A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO


                Esta estava localizada no Lugar Santo à entrada, lado direito e juntamente com o candelabro e o altar do incenso - Ex 25.23-30; 37.10-16.

3.1. COMPOSIÇÃO DA MESA: Era feita de madeira de cetim (acácia), revestida de ouro. Media mais ou menos 1 metro de comprimento por 0,5 metros de largura e 0,7 metros de altura. Tinha uma argola em cada canto pelas quais passavam os varais, para carregar a mesa nas caminhadas.

3.2. OS PÃES DA PROPOSIÇÃO, DA “APRESENTAÇÃO” OU DA “PRESENÇA”: Eram colocados 12 pães para ficarem diante do Senhor (Ex 25.30 - “E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente”.). Eram colocados em duas fileiras de 6 em cada fileira e ali ficavam durante 7 dias sobre a mesa, cada sábado eram trocados por outros. Sendo os pães retirados comidos pelos sacer-dotes, no Lugar Santo. Sobre os pães era colocado incenso que depois era querimado - Lv 24.5-7-9.

3.3. O SIGNIFICADO DOS PÃES: Lembravam que Israel era formado de 12 tribos. O incenso que era colocado sobre os pães e posteriormente queimado (sacudiam o incenso do pão e queimavam o incenso), simbolizava a inteira consagração de Israel ao Senhor.

3.4. TIPOLOGIA: Jesus está diante do Pai representando-nos continuamente (Hb 9.24). Ao voltar para o Reino dos Céus levou Consigo a natureza humana. A mesa é o tipo de Jesus, o Pão da Vida.

... continuará...

terça-feira, 17 de março de 2009

TIPOLOGIA (1)

A disciplina em pauta destina-se a transmitir orientações referentes a diversos tipos bíblicos relacionados com o Tabernáculo.

1. DEFINIÇÃO DE TIPOLOGIA. TIPOLOGIA é o estudo das figuras, símbolos, cerimónias e ordenanças do A.T. que prefiguram coisas celestiais.

2. DEFINIÇÃO DE ANTÍTIPO
É aquela coisa celestial ou a realidade prefigurada pelo tipo (I Pd 3.21) - exemplos: o dilúvio, e o baptismo, tipo/realidade.
O tipo (espelho) reflecte o anti-tipo (realidade).
O tipo também pode ser realidade. Exemplo: Moisés era o tipo de Jesus (anti-tipo).

3. NATUREZA DE UM TIPOConforme declarações bíblica quanto à sua natureza, um tipo pode ser:
1. Sombra - Cl 2.16,17
2. Modelo - Hb 8.4,5
3. Sinal - Mt 12.39
4. Parábola, alegoria - Hb 9.9
5. Tipo - Rm 5.14
6. Letra - II Co 3.6

4. NATUREZA DE UM ANTÍTIPOVejamos as declarações bíblicas que tratam do assunto:
1. Corpo - Cl 2.17
2. Mesma imagem - Hb 10.1
3. Coisas celestiais - Hb 9.23
4. O verdadeiro - Hb 9.24
5. O Espírito - II Co 3.6

5. VALOR DOS TIPOS 1) O N.T. acha-se no A.T. e o A.T. é explicado pelo N.T.
2) Deus valorizou os tipos. O Espírito Santo os elaborou. O véu, tipo de Cristo, significa que o caminho do Santo Lugar está fechado, enquanto o real não se manifestar (Hb 9.8).
3) O Senhor Jesus falou dos tipos, no caminho de Emaús (Lc 24.13,14,25-17).
4) Os escritores do N.T. citaram os tipos e são considerados pertencentes às Escrituras (I Co 15.4; Lv 23).
5) Somente se entendem pelos tipos certas passagens e palavras do N.T., tais como as contidas nas epístolas aos Hebreus e no Evangelho de S. João.

6. A DIVERSIDADE DE TIPOS Os tipos podem ser:
1. Pessoais: Adão, Henock, Melquisedec, David, Moisés, etc. (Rm 5.14,19; Hb 7.15).
2. Coisas ou objectos:
- A coluna de nuvem e fogo, o maná (Ex 16.15; I Co 10.3).
- A rocha (Ex 17.6; I Co 10.4).
- A serpente de metal (Nm 21.9; Jo 3.14; II Co 5.21).
3. Acções: a libertação do Egipto e a marcha pelo deserto.

OBS.: São considerados tipos perpétuos:
a) A circuncisão - tipo da verdadeira circuncisão do coração (Cl 2.11).
b) Sacrifício - tipo de Cristo, o perfeito e eterno sacrifício (Hb 9.26).

ESCOLA BÍBLIA

Em breve daremos início a diversos estudos sobre diversos temas, que compõem muitas das Escolas Bíblicas, ou Seminários /Institutos.

Sugira também temas a serem abordados.